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André Mestrinier |
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Um mergulho emocionante pelo abismo de nossa existência. |
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Hades Clímeno |
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Um dos melhores livros que já li! Certamente um marco em minha trajetória reflexiva – um profundo marco em minha vida! A obra é de uma clareza e sensatez impressionantemente magistrais. Sempre preocupado em limitar-se a afirmar apenas aquilo que os fatos nos permitem afirmar, transbordando lúcidas e úteis analogias (à guisa de Dawkins, com o ardor nietzschiano), o mestre Cancian nos conduz em um caminho no qual é quase sempre impossível discordar. Fiquei impressionadíssimo com a semelhança entre as minhas reflexões e as do Cancian; prova de que, se nos atermos racionalmente ao fatos (seja quem for, esteja onde estiver), chegaremos quase sempre às mesmas conclusões. Mas, devo admitir, o autor teve coragem de ir muito além do que eu fui capaz… até agora! E sinto-me grato ao destino por ter me possibilitado ler uma obra tão magnífica como o é "O vazio da máquina"! |
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Alexandre Kohls |
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Quero parabenizar o autor pelo brilhantismo com o qual escreveu o livro.
A linguagem utilizada é de fácil compreensão, fato que torna o livro acessível a todos aqueles que estão dispostos a conhecer e encarar a fria realidade que nos rodeia.
Foi o meu primeiro contato com o Niilismo e penso que não poderia ter sido mais esclarecedor. Com comentários diretos, sem rodeios, o autor nos apresenta uma forma sensata de encarar o mundo, sem ilusões.
Recomendo a todos. |
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Gerardo Penna Firme Junior |
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Preferível a acreditar é entender. Quando fazemos das ilusões e fantasias verdades em um mundo real insultamos nossa integridade intelectual. Este livro apresenta pensamentos e reflexões lúcidas do mundo real em que estamos inseridos e condenados a viver. Lê-lo nos faz enxergar o óbvio da realidade humana que às vezes não enxergamos e que ficam escondidas pela cortina de fumaça das crendices que nos rodeiam. A maioria que não pensa, mas que é eficiente na propaganda da ignorância e da fé, nos bombardeia com falsas verdades. Aos que pensam, toda a chance de acesso à verdade e à realidade não deve ser desperdiçada.
Os que se indignam com mentiras e ilusões terão neste livro momentos de contato direto com a realidade. Longe de ser um ataque direto às crenças religiosas, à metafísica, ao sobrenatural, ao misticismo inútil, às mandingas, ele representa um resgate do pensamento independente, totalmente livre de preconceitos e do respeito às tradições e à autoridade, falsos alicerces em que se fundamentam as religiões.
Abordando temas reais de nossas vidas, o livro se constitui em uma coletânea de ensaios escritos de forma inteligente, muitas vezes extremamente irônica, passeando pela ciência e olhando sobre os ombros de grandes filósofos e pensadores. São interpretações pessoais deste rapaz, André Díspore Cancian, que apesar da pouca idade demonstra uma maturidade intelectual inacreditável.
Este livro não é recomendável aos que ainda precisam de crenças para viver, mas para aqueles que de alguma forma já dispensaram esta muleta ele é indispensável e vale a pena ser lido e quem sabe relido. |
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Jairo Moura |
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Sem nenhuma pretensão didática, poder-se-ia chamar o livro "O Vazio da Máquina" de uma coleção de aforismos. Os temas são pertinentes e encará-los sob uma perspectiva niilista é essencial para um mundo vazio de significado em si. Talvez pareçam longos demais por serem incisivos e diretos. No entanto, mesmo que soem repetitivos, só demonstram, através do buraco que precisamos cavar para chegarmos ao óbvio, o quanto somos deturpadores em prol da manutenção de dogmas. Afora os ensaios, a história de Joe e os poemas são a forma que Cancian achou de se explicar através de desenhos: um complemento sofisticado e estilístico para balancear a crueza das palavras objetivas e diretas. |
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Maria Ivonilda da Silva Martins |
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Nos tempos atuais, é especialmente interessante encontrar uma leitura solta que não desgasta o nosso intelecto através de malabarismos teóricos cuja principal função é nos confundir.
Determinados autores contemporâneos tentam encontrar as mais variadas temáticas para compartilhar conosco, muitas delas inúteis – por se tratarem de tautologias vazias. Assim sendo, estamos acostumados a ler reflexões simuladas por pessoas que não têm o mínimo de bom senso, tampouco integridade intelectual. Felizmente há o contraponto. O autor de O vazio da máquina é um exemplo, pois preocupa-se em denunciar as nossas falsas representações acerca da realidade. Talvez a intenção por trás disso tenha sido provocar o vazio que há dentro de nós porque ao final de cada ensaio, depois de ver o véu da verdade cair, nos sentimos como se alguém tivesse nos roubado um aspecto fundamental da existência: as nossas ilusões. No final das contas, a máquina é uma metáfora para a vida que é vista independente do significado que atribuímos a ela, é uma vida que não remete a nada além dela mesma.
Por isso o estranhamento em relação ao texto: há quanto tempo nós não vemos tudo com um olhar analítico, de quem está distante e não se envolve com o que está posto? Há quanto tempo nós abdicamos da nossa lucidez para perceber o mundo através de visões que deturpam o real?
Como o autor, também penso que cada um se beneficia de leituras da maneira que bem entender. Não podemos calcular as impressões que ficam depois de ler a obra. De todo modo, uma questão que permanece viva na minha memória é: “por que costumamos insistir no absurdo da existência?”. |
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Fabricio Pracidelli Dalla Costa |
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Excelente obra, o prólogo e o epílogo impressionam pela sua inspiração, a comparação com o tom nietzscheano é inevitável, as reflexões são sóbrias e honestas e, se por um lado parecem levar a total descrença e desespero, uma visão mais madura nos mostra que elas conduzem ao estado de liberdade e paz niilistas, aceitamos o mundo. Quem haverá de nos perdoar, nós, assassinos dentre os assassinos, tudo sangrou sobre nosso punhal, que poderemos esperar do futuro da filosofia, ainda existe um futuro?
A habilidade do autor em descrever percepções tão difíceis de serem descritas nos deixam na expectativa de futuras obras. |
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Rosângela Dias |
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O livro merece ser lido e relido. Coisas bem pensadas agradam e fazem qualquer leitor se entregar. Com argumentos que provocam a reflexão e com uma linguagem padrão-simples parece ter sido escrito para todos: leitores comuns e outros. Ele será lido por muitas gerações. O autor pensa por si mesmo. Busca ilustrar o pensamento com simplicidade como em ‘ser inumano é coisa de pedras e tampas de garrafas’, e é assim muitas vezes fazendo perceber-se como o próprio autor diz na sua apresentação – “…seu fundamento consiste em achar que as idéias fazem sentido, e só: deixei-as correr livremente, tanto quanto possível!.” Outras vezes mostra uma fluência e uma lucidez incomuns, que impressionam e levam o leitor a se entregar e castigar o cérebro horas a fio e sem vontade de parar.
O que há no livro são notícias humanas, o estar no mundo. Seu estilo conjuga limpidez, impertinências irônicas que resultaram em textos bem pensados – dito antes – sobre o vazio da existência. Não há meias palavras e seus pensamentos tocam profundamente e sem dó, nos acordam para a ‘não-vida’ e podemos decidir continuar existindo ou morrer. Não há um pessimismo, a meu ver. O que há é uma forma bastante inteligente de falar do niilismo presente na vida de bastantes. Apesar dos períodos longos exigirem mais atenção do leitor, o autor ‘cospe’ o que sentimos dia após dia numa aceitação patética porque acordamos para o nada. Todos os dias, e seguimos assim.
É quase impossível não sentir um mal-estar diante da frieza do livro. O Joe, sem nenhum sentimento, é dominado por um vazio que choca e quase não conseguimos compreender, e assim, mergulhamos no absurdo da existência. Como próprio Joe fala, sem nenhuma ‘esperança no fim do esgoto’.
Os poemas também são melancólicos. Fazem parte do livro e mostram misantropia, tédio, angústia e uma não-vontade latente de viver como em “Então abro os olhos / Profundamente lúcido / Arrependido de ter acordado.” Ou em “Isso me vem como um nojo de respirar” e ainda “Neste mais um-dia-qualquer / Tudo estava paralisado / Menos a angústia”. Percebe-se muita coisa dentro do autor e é uma pena as pessoas não se interessarem muito por poesias hoje em dia. Eu adorei! |
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Alessandro Bornato |
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Com assuntos cronologicamente corretos, linguagem não rebuscada, sem citações de nomes de filósofos e com textos lúcidos, escritos em primeira pessoa do plural. Isso tudo faz com que a leitura dessa obra seja suave e lúcida em termos de clareza, em contrapartida, um tanto quanto amarga devido ao tema que trata. Não poderia ser melhor essa combinação. A amargura pode ser acentuada caso não queiramos abandonar a metafísica, ou ainda, se não formos fãs da prática de imersões reflexivas.
Recomendo a todos que querem uma vasovasostomia cerebral e, também, aos que são receptivos ao sopro refrescante da lucidez.
Essa obra é verdadeiramente pontual e não perecível.
“Um livro destosqueador de crenças.” |
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