AUTOR. E DATA. Indeterminados.
A. carta é anônima. Tem sido atribuída a Paulo, Barnabé, Lucas, Apolo, entre outros.
PROPÓSITO.. A carta aparentemente foi escrita antes de tudo aos cristãos hebreus. Estes convertidos estavam em perigo constante de voltar ao judaísmo, ou pelo menos de darem muita importância às observâncias cerimoniais. O principal propósito doutrinário do escritor era o de mostrar a glória transcendente da era cristã em comparação com a do antigo testamento.
PALAVRA. CHAVE. Melhor, ou superior. Seguindo estas palavras, o leitor descobrirá a corrente principal do pensamento.
Outras. palavras e frases salientes:
Sê. santo, referindo-se à obra consumada de Cristo, 1:3; 10:12; 12:2.
Chamado. celestial, 3:1; sacerdote, 4:14; dom, 6:4; bens, 10:34; pátria, 11:16; cidade, 12:22.
A. confiança dos crentes, uma série de onze exortações:
(1). Temamos, 4:1.
(2). Procuremos, 4:11.
(3). Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, 4:16.
(4). Prossigamos, 6:1.
(5). Cheguemo-nos, 10:22.
(6). Guardemos firme, 10:23.
(7). Consideremo-nos uns aos outros, 10:24.
(8). Deixemos todo embaraço e corramos com perseverança, 12:1.
(9). Sirvamos a Deus agradavelmente, 12:28.
(10). Saiamos, 13:13.
(11). Ofereçamos sempre sacrifício de louvor, 13:15.
A. carta pode ser dividida em duas partes: Parte I, principalmente doutrinária; Parte II, principalmente prática.
I.. Seção 1. A preeminência de Cristo.
Cap.. 1.
(1). Sobre os profetas, devido à glória divina dele, vv. 1-3.
(2). Sobre os anjos.
(a). Por possuir melhor nome, v. 4.
(b). Reconhecido como o único Filho verdadeiro do Pai, v. 5.
(c). Deus ordena aos anjos que adorem ao Filho, v. 6.
(d). Exaltado acima dos anjos ao trono eterno, à direita de Deus, vv. 8-14.
Cap.. 2.
(e). Sua mensagem é de fundamental importância, e por isso não podemos negligenciá-la, vv. 1-4.
(f). Jesus, feito um pouco menor que os anjos, morreu pela humanidade a fim de trazer muitos filhos à sua própria glória com o Pai e para destruir aquele que tem o poder da morte, vv. 9-14.
Seção. 2. A preeminência do sacerdócio de Cristo.
Cap.. 2. (Cont.)
(1). Assumiu a natureza humana.
(a). Como preparação para sua obra de reconciliação, vv. 16-17.
(b). Sua tentação o preparou para ajudar aos tentados, v.18.
Cap.. 3.
(2). Uma chamada a considerar o sacerdócio de Cristo, v. 1.
(3). Sua preeminência sobre Moisés, que foi servo, enquanto Cristo, filho, vv. 2-6.
(4). Parêntese: o fracasso de Israel.
(a). Em entrar no descanso de Canaã, vv. 7-11.
(b). Foram excluídos devido à incredulidade, vv. 12-19.
Cap.. 4.
(c). Advertência à igreja para que não siga o exemplo de incredulidade de Israel, mas que entre no descanso da fé, vv. 1-8.
(d). O crente descansa na obra da redenção e deixa de confiar nas próprias obras, vv. 9-11.
(e). O poder da Palavra de Deus, vv. 12-13.
RETOMA-SE. O TEMA DO SACERDÓCIO DE CRISTO.
(1). O sacerdócio compassivo de Cristo é um chamado de ânimo à firmeza e à oração, vv. 14-16.
Cap.. 5.
(2). O sumo sacerdote, seu ofício e obra:
(a). Tomado de entre os homens, v. 1.
(b). Compreensivo devido às suas próprias debilidades, v.2.
(c). Apresenta uma oferta por si mesmo e também pelo povo, v. 3.
(d). Escolhido por Deus, v. 4.
(3). Características do sacerdócio de Cristo:
(a). Escolhido por Deus segundo nova ordem, vv. 5-6.
(b). Ofereceu orações sinceras por livramento em uma atitude de obediência, vv. 7-8.
(c). Converteu-se em fonte de eterna salvação, vv. 9-10.
(4). Repreensão paternal, chamado, advertência e recomendação.
(d). Repreensão pela torpeza e imaturidade, vv. 11-14.
Cap.. 6.
(e). Chamado ao progresso na verdade doutrinária, vv. 1-3.
(f). Advertência acerca dos que, havendo gozado dos privilégios mais sublimes da Nova Aliança, se afastam de Cristo, vv. 4-8.
(g). Elogio à igreja e a confiança de que os crentes continuarão fiéis e herdarão as promessas, vv. 9-12.
Retoma-se,. de novo, o tema do sacerdócio de Cristo.
(5). A certeza do cumprimento das promessas divinas.
(a). Ilustrada na vida de Abraão, vv. 13-15.
(b). Confirmada por juramento, vv. 16-17.
(c). Como âncora da alma, vv. 18-19.
(d). Garantida por nosso sumo sacerdote celestial, v. 20.
Cap.. 7.
(6). O sacerdócio de Melquisedeque como tipo do de Cristo.
(a). Com um grande nome e pertencente a uma ordem eterna, vv. 1-3.
(b). Abraão o honrou com os dízimos e foi feito superior ao sacerdócio de Arão, vv. 4-10.
(7). Resumo das qualidades preeminentes do sacerdócio de Cristo.
(a). Como o de Melquisedeque, pertencia a uma ordem eterna e foi confirmado pelo juramento divino, vv. 11-22.
(b). É imutável e infinito em poder, vv. 23-25.
(c). Foi puro e perfeito, e consumou um sacrifício completo, vv. 26-28.
Cap.. 8.
(d). Exerce seu ministério no santuário celestial, vv. 1-5.
(e). É mediado por meio de uma melhor aliança, vv. 6-13.
Cap.. 9.
(f). Os ritos, as cerimônias e os sacrifícios que os sacerdotes realizaram no passado eram apenas tipos,vv.1-10.
(g). A obra redentora de Cristo e seu sangue purificador do pecado são realidades sublimes, vv. 11-15.
(h). As provisões da antiga aliança eram figura da obra perfeita que Cristo realizou na nova aliança, vv. 16-28.
Cap.. 10.
(i). Os sacrifícios israelitas, repetidos continuamente, eram ineficazes para tirar o pecado, ao passo que Cristo, por meio de seu grande e único sacrifício, completou a obra redentora para a humanidade e se sentou à destra de Deus, esperando a consumação do plano divino, vv. 1-18.
II.. Antes de tudo, ensino e exortações práticas.
(1). O privilégio de entrar na presença divina por meio do sacrifício, e o sacerdócio de Cristo, vv. 19-21.
(2). Exortações.
(a). A nos achegarmos confiantemente em adoração, com um coração preparado, v. 22.
(b). à firmeza, ao estímulo mútuo e à lealdade, vv. 23-25.
(3). Advertência acerca dos perigos da reincidência.
(a). O castigo imposto aos desobedientes sob a lei mosaica, v. 28.
(b). O destino, ainda pior, para os que desonram o sacrifício de Cristo e o espírito da graça de Deus, vv. 29-31.
(4). Lembrança aos crentes hebreus de seu valor ao suportar as aflições e exortações à paciência e à perseverança, vv. 32-39.
Cap.. 11.
(5). Lista de heróis e heroinas da fé.
(a). A esfera da fé, vv. 1-3.
(b). Exemplos notáveis de fé: Abel, v. 4. Enoque, vv. 5-6 Noé, v. 7. Abraão e Sara, vv. 8-19. Isaque, Jacó, e José, vv. 20-22. Moisés e seus pais, vv. 23-29. Josué e Israel, v. 30. Raabe, v. 31. Outros crentes sobresselentes, vv. 32-40.
Cap.. 12.
(6). O atletismo espiritual, a carreira cristã.
(a). A concorrência, a preparação e como correr, v. 1.
(b). Os olhos postos no Mestre, recordando sua vitória, v. 2.
(c). Inspiração quando se está cansado, vv. 3-4.
(d). O valor do sofrimento e da disciplina na instrução, vv. 5-10.
(e). Os bons resultados do sofrimento e da disciplina, v. 11.
(f). Apelo ao vigor e à retidão, vv. 12-13.
(7). Exortações quanto à paz, à pureza e ao cuidado contra as más influências, vv. 14-15.
(8). Advertências acerca do desprezo pelas bênçãos de Deus, vv. 16-17.
(9). Contraste entre o monte Sinai da antiga Aliança e o monte Sião da nova Aliança.
(a). O monte Sinai com as manifestações terríveis do poder divino, vv. 18-21.
(b). O monte Sião com a companhia gloriosa na Jerusalém celestial, vv. 22-24.
(10). Solene advertência a respeito da necessidade de atentarmos para a mensagem celestial, e contraste entre a efemeridade das coisas terrenas e a permanência do reino de Deus, vv. 25-28.
Cap.. 13.
(1). Exortações finais acerca dos deveres cristãos.
(a). Deveres sociais, vv. 1-6.
(b). Deveres perante os líderes religiosos, v. 7.
(c). Um Cristo imutável deve inspirar firmeza na doutrina cristã, vv. 8-9.
(d). Devemos buscar a santifição, vv. 10-14.
(e). Devemos ser agradecidos, bondosos, e obedientes aos governantes, vv. 15-17.
(2). Palavras de conclusão.
(a). Um pedido de oração e os votos de bênção, vv. 18-21.
(b). Saudação e bênção finais, vv. 22-25.
PORÇÕES. SELETAS
O. sofrimento, é uma preparação para o sacerdócio, 2:9-18.
O. descanso da fé, 4:1-11.
A. maturidade espiritual, 5:12-6:2.
A. Nova Aliança, 8:8-13.
O. capítulo da fé. Ou a galeria dos heróis, cap. 11.
O. capítulo do 'atletismo espiritual' e da carreira cristã.
O. sofrimento, a correção e a disciplina como preparação para a vitória, 12:1-13.