bíblia: Tiago

 

AUTOR.. Indeterminado. Há, no Novo Testamento, três personagens preeminentes chamados Tiago. Em geral aceita-se que o Tiago, chamado por Paulo de 'o irmão do Senhor', (Gl 1:19), foi o autor da carta.

DESTINATÁRIOS:. Aparentemente os judeus convertidos que viviam fora da Terra Santa, ou também, aos judeus devotos da Dispersão, 1:1.

TEMA. PRINCIPAL. A religião prática, manifestada nas boas obras, em contraste com a simples profissão da fé.

TEXTOS. CHAVE, 1:27;2:26.

CONFLITO. DOUTRINÁRIO APARENTE ENTRE PAULO E TIAGO.

Qualquer. suposto conflito doutrinário entre esta carta e a de Romanos é puramente imaginário. Paulo, acossado por mestres do judaísmo nas igrejas, naturalmente deu grande ênfase à justificação pela fé sem as observâncias cerimonias. Todavia, quando ele escreveu a Tito, o tema principal de sua carta foi: a importância das boas obras, mostrando deste modo uma perfeita harmonia com os ensinos de Tiago. É evidente que este último, quando parece depreciar a fé, se refere apenas ao assentimento intelectual da verdade e não à ' fé salvadora a que se refere Paulo'.

SINOPSE.. Esta carta não se presta facilmente a uma análise, mas a maior parte do texto pode ser dividido em dois títulos, a religião verdadeira, e a religião falsa.

I.. Características da religião verdadeira.

Cap.. 1.

(1). Gozo e paciência no meio das provas, vv. 2-4.

(2). Fé constante e firmeza de ânimo, vv. 5-8.

(3). Aceitação das provisões divinas da vida, vv. 9-11.

(4). Suportar a tentação, v. 12.

(5). Reconhecer as fontes da tentação e os resultados de se ceder a ela, vv. 13-15.

(6). Reconhecer a fonte divina de todas as bênçãos, vv. 16-18.

(7). O ouvido espiritual, o cuidado ao falar e a paciência diante da provocação, vv. 19-20.

(8). O abandono de toda maldade, e o recebimento com mansidão da verdade salvadora, v. 21.

(9). A busca da verdade e a sua prática, v. 25.

(10). A generosidade prática e a pureza, v. 27.

Cap.. 2.

(11). As boas obras.

(a). Como uma demonstração de fé, v. 18.

(b). Cooperando com a fé e aperfeiçoando-a, vv. 21-25.

Cap.. 3.

(12). A sabedoria celestial, vv. 17-18.

II.. Características da falsa profissão de fé.

Cap.. 1.

(1). Ouvir a Palavra com indiferença e negligência, vv. 22-24.

(2). A religião vã, acompanhada por uma língua indomável, v. 26.

Cap.. 2.

(3). O favoritismo, que honra ao rico e despreza ao pobre, vv. 1-9.

(4). A obediência parcial da lei, 10-12.

(5). A inclemência, v. 13.

(6). A simples profissão de fé, desacompanhada de atos de misericórdia e ajuda, vv. 14-16.

(7). A fé inativa, vv. 17-18.

(8). O assentimento intelectual da verdade, sem uma mudança de caráter, vv. 19-20.

Cap.. 3.

(9). A língua indomável e sua influência destruidora, vv. 1-8.

(10). Louvores e maldições procedentes de uma mesma boca, vv. 9-12.

(11). A inveja, a ambição egoísta e a sabedoria satânica, vv. 14-16.

Cap.. 4.

(12). O combate e as paixões perversas, vv. 1-2.

(13). As orações não respondidas e o mundanismo, vv. 3-4.

(14). O orgulho, a obstinação, a impureza, o duplo ânimo e a impenitência, vv. 5-9.

(15). A calúnia e o juízo injusto, vv. 11-12.

(16). A presunção ao planejar negócios futuros, vv. 13-16.

(17). A negligência do dever conhecido, v. 17.

III.. Advertências, exortações e instrução.

Cap.. 5.

(1). Advertências contra o rico.

(a). Acerca de sua futura miséria, vv. 1-2.

(b). Acerca de sua riqueza acumulada e da retenção do salário do pobre, vv. 3-4.

(c). Acerca de sua busca do prazer e da perseguição do justo, vv. 5-6.

(2). Exortações acerca da vinda do Senhor.

(a). Devemos ser pacientes e constantes, sem nos queixarmos uns contra os outros, vv. 7-10.

(b). Devemos seguir o exemplo dos profetas e de Jó, de sofrer pacientemente, vv. 10-11.

(c). Devemos refrear-nos completamente de jurar, v. 12.

(3). Instruções acerca da oração, da confissão das ofensas, e do ganhar almas.

(a). A oração nos tempos difíceis e em favor dos enfermos, vv. 13-15.

(b). A confissão das ofensas e a oração intercessora, v. 16.

(c). A oração eficaz, ilustrada por Elias, vv. 16-18.

(d). O dever de ganhar almas, vv. 19-20.